O Brasil é o 3º maior produtor de cervejas do mundo, atrás de EUA e China, porém importa 100% do lúpulo usado na fabricação da bebida. Mas essa realidade tende a mudar nos próximos anos com o avanço da cultura e a assessoria agronômica junto aos produtores rurais.
Somente no ano de 2020, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (APROLÚPULO), a área de plantio no país aumentou 110% em relação a 2019, chegando a 42 hectares e 24 toneladas produzidas. Santa Catarina é o Estado com maior percentual de produtores (27%), seguido por Rio Grande do Sul (22%), São Paulo (18%), Paraná (7%), Minas Gerais (6%) e Rio de Janeiro (5%).
Encerrando um ciclo de três edições, aconteceu no dia 05 de março de 2022 no Lúpulo Dona Inês no município de Lajeado, um dia de campo para tratar sobre a produção de lúpulo no Rio Grande do Sul. Na oportunidade houve visitação técnica nas áreas de cultivo e apresentação de informações sobre a cultura, além da condução de práticas de colheita e brassagem. A promoção foi da Cervejaria Salva, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Vale do Taquari (ASEAT), APROLÚPULO e dos empreendimentos Lupulina Hops e Lúpulo Dona Inês.
Conforme o Eng. Agr. Marcus Outemane, presidente da ASEAT, entidade filiada a Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (SARGS), o lúpulo é o ingrediente que dá o amargor e o aroma da cerveja, tem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, digestivas, entre outras. Ainda Outemane explica que o aumento da produção está ligado ao crescimento das cervejarias de produção artesanal no país e a demanda por um lúpulo com maior qualidade, também utilizado na indústria farmacêutica e alimentícia.
Em 2020, segundo o Anuário da Cerveja do Ministério da Agricultura (MAPA), o Brasil chegou a um total de 1.383 cervejarias registradas, um aumento de 14,4% em relação ao ano anterior. O registro é feito pelo MAPA considerando elementos como capacidade técnica e condições higiênico sanitárias do empreendimento.
Fotos: Andrea Zysko
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