ESTIAGEM CAUSA PREJUÍZOS EM LAVOURAS DE ARROZ NO RIO GRANDE DO SUL

A estiagem que afeta o Rio Grande do Sul já é considerada a maior das últimas décadas, situação que impõem prejuízos consideráveis à lavoura orizícola. Conforme registros de pluviometria, a meteorologista Jossana Ceolin Cera do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) afirma que as chuvas se mantiveram abaixo da média histórica para o período desde o inicio do verão.

Na região Fronteira Oeste, detentora do maior complexo de reservatórios artificiais de água de todo o continente Americano, e maior produtora nacional de arroz, os prejuízos só não serão maiores, pois cerca de 50% da produção utiliza água armazenada nos reservatórios, estes construídos pelos próprios produtores ao longo dos últimos 100 anos, um case que precisa ser destacado conforme nota da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Alegrete (AEAA).

O presidente da Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (SARGS), Eng. Agr. Leonardo Cera esteve na última semana acompanhando lavouras de arroz na região Fronteira Oeste, onde os reservatórios estão com volume de água em situação crítica. Há lavouras onde os motores elétricos não conseguem mais puxar água das barragens e levantes a diesel estão sendo improvisados. Cenas semelhantes se multiplicavam nos últimos dias em muitas lavouras da região, onde produtores tentando de toda maneira, mesmo com aumento dos custos de produção, aproveitar a pouca água que ainda restava nos reservatórios para salvar a produção e assim evitar maiores prejuízos, relata Cera.

A esperança está na previsão do tempo que marca para a região quantidade considerável de chuva para os próximos dias.